Em suas redes sociais, o pivô não esconde sua posição política, sendo um grande crítico do regime do atual presidente de seu país de origem. O governo turco teria ainda pedido a inserção do jogador na lista vermelha da Interpool. O pedido ainda está em processo de aceitação e caso acatado, Enes deve ser localizado por demais países e ser preso.
"Você não pode me pegar", escreveu Kanter em seu Twitter, ao lado da capa que o acusa de terrorismo. "Não desperdice sua respiração. De qualquer forma, eu me virei por vontade própria, para cuspir em seus rostos feios e odiosos".
Yakalayamazsıııın!!!
— Enes Kanter (@Enes_Kanter)
Hahaha ??
Boşuna yorulmayın.
Hepinizin o çirkin, nefret dolu suratlarınıza tükürmeye zaten kendim geleceğim.
Detenção em aeroporto
Em 20 de maio de 2017, o pivô turco nascido na Suíça foi detido em um aeroporto na Romênia depois de ter tido seu passaporte cancelado pela embaixada da Turquia. Aos 25 anos de idade, o atleta vinha da Indonésia, onde realizava compromissos de sua fundação, a Enes Kanter Light Foundation, entidade com foco em crianças órfãs, combate à fome, e desenvolvimento da educação e esporte. Em direção aos Estados Unidos, foi parado na Europa Oriental.
"A razão disso tudo é por causa das minhas visões políticas e o cara que fez isso é Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia. Ele é um homem mau e é o Hitler do nosso século. Então eu vou continuar postando, rezem por nós", disse Kanter em vídeo publicado na sua conta do Twitter.
Depois de quatro horas, o jogador foi liberado para embarcar em um avião com destino à Londres e de lá, iria para o continente americano. Ao chegar na terra governada por Donald Trump, Enes Kanter escreveu: "Olá, país mais bonito do mundo. Os Estados Unidos da América".