Acre perde 60% da água potável distribuída com vazamentos e ligações clandestinas, aponta estudo
Wanderléia de Holanda/Arquivo pessoal
A cada 100 litros de água captada, tratada e pronta para ser distribuída no estado do Acre, 60 litros ficam pelo caminho. O dado faz parte de um estudo do Instituto Trata Brasil com a GO Associados, divulgado nesta quarta-feira (5).
De acordo com o estudo, a perda de água se dá principalmente por problemas de vazamentos, ligações clandestinas e falhas de leitura de hidrômetro.
Conforme os dados, o Acre aparece em 4º lugar no ranking dos estados com o pior índice em relação à perda na distribuição de água.
O estudo mostra ainda que a capital acreana, Rio Branco, está entre os 10 municípios com piores índices de perda, chegando a 58,70%. A pior situação é da cidade de Porto Velho, onde são perdidos 73,55% da água produzida.
Veja o percentual de perda de distribuição de água por conta de vazamentos, fraudes e falhas por estado
Guilherme Pinheiro/Arte
Dados nacionais
Em todo o país, oito estados perdem metade ou mais da água que produzem. O recordista em perda é Roraima, com 75%. Em seguida, estão Amazonas (69%) e Amapá (66%).
Considerando o país, a média de perda de água potável é de 38%. Isso representa uma perda de 6,5 bilhões de m³ de água, o equivalente a mais de 7 mil piscinas olímpicas por dia.
Em termos financeiros, segundo o estudo, a perda de faturamento custou para o país R$ 11,3 bilhões em 2017, valor superior ao total de recursos investidos em água e esgoto no Brasil no ano (R$ 11 bilhões).
O estudo utiliza os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2017. Dos oito estados, cinco estão no Norte e três, no Nordeste, regiões que, historicamente, apresentam os piores índices de saneamento do Brasil.